segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Beleza Pura
Show que Tom Jobim fez no Carnegie Hall, em abril de 94, para comemorar
os 50 anos da Verve, sua gravadora americana. Em sua companhia estavam Pat Metheny, na
guitarra, Joe Henderson, no sax, Charles Haden, no cello e Al Foster, na
bateria.
Lucio Costa, o arquiteto que projetou Brasilia com Oscar Niemeyer, criou um gabarito para as construções das superquadras: nenhum prédio residencial podia ter mais de seis andares.
Quando perguntado porque essa exigência, ele explicou:
- Seis andares me parece uma altura razoável de onde uma mãe poderia gritar por seus filhos:
"Meninos, subam! Venham almoçar!!!"
Lucio Costa sabia das coisas... Cidade boa de viver é cidade humanizada.
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
"Talvez seja uma
das experiências humanas e animais mais importantes. A de pedir socorro e, por
pura bondade e compreensão do outro, o socorro ser dado. Talvez valha a pena
ter nascido para que um dia mudamente se implore e mudamente se receba.
Eu já
pedi socorro. E não me foi negado.
Senti-me então como se eu fosse um tigre perigoso com uma flecha cravada na
carne, e que estivesse rondando devagar as pessoas medrosas para descobrir quem
lhe tiraria a dor. E então uma pessoa tivesse
sentido que um tigre ferido é apenas tão perigoso como uma criança. E
aproximando-se da fera, sem medo de tocá-la, tivesse arrancado com cuidado a
flecha fincada.
E o tigre? não, certas coisas nem pessoas nem
animais podem agradecer. Então eu, o tigre, dei umas voltas vagarosas em frente
à pessoa, hesitei, lambi uma das patas e depois, como não é a palavra o que tem
importância, afastei-me silenciosamente".
("Uma
Experiência", Clarice Lispector, em "A Descoberta do Mundo")
aconteceu hoje aqui no condomínio:
toca o interfone
- oi.
voz de garota:
- oi tia, a gente tá vendendo um bagulho do bom, ta a fim?
- como é que é?
- tá barato, um aviãozinho de 10.
- peraí.
vou no portão sacar que novidade é essa e só vejo quatro meninas, de uns 12,13 anos, a correr desabaladas pela rua. só deu pra sentir a risadagem.
-
me lembrei da brincadeira de tocar a campanhia das casas e sair correndo, ou apertar todos os botões do elevador... como a gente era inocente.
a garotada de hoje sabe até o jeito certo de oferecer a mercadoria...
rsrsrs
- oi.
voz de garota:
- oi tia, a gente tá vendendo um bagulho do bom, ta a fim?
- como é que é?
- tá barato, um aviãozinho de 10.
- peraí.
vou no portão sacar que novidade é essa e só vejo quatro meninas, de uns 12,13 anos, a correr desabaladas pela rua. só deu pra sentir a risadagem.
-
me lembrei da brincadeira de tocar a campanhia das casas e sair correndo, ou apertar todos os botões do elevador... como a gente era inocente.
a garotada de hoje sabe até o jeito certo de oferecer a mercadoria...
rsrsrs
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
pretérito perfeito
Uma voz forte
Termina o trabalho de acordar-me
Em doce e velho italiano
Vou à cozinha
Com minhas pernas
Faço meu o próprio café
Ponho tanto açúcar
Quanto quero
Choro sobre o mamão
Picado no prato
Recolho as gotas como contas
Que ponho num colar
São lágrimas de saudades
Que tenho de mim.
(Adriane Garcia)
Termina o trabalho de acordar-me
Em doce e velho italiano
Vou à cozinha
Com minhas pernas
Faço meu o próprio café
Ponho tanto açúcar
Quanto quero
Choro sobre o mamão
Picado no prato
Recolho as gotas como contas
Que ponho num colar
São lágrimas de saudades
Que tenho de mim.
(Adriane Garcia)
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