quarta-feira, 20 de julho de 2016

Um dia meio diferente...















Passei a tarde descalça e de vestido comprido até o chão. De manhã fui no centro cirúrgico pra marcar a minha cirurgia do outro olho, e fazia um calor quase insuportável, 29 graus com umidade relativa de 16%. Dá uma canseira, uma dor de cabeça, uma vontade de cair numa piscina...
Foi bom voltar pra casa e pisar descalça nos ladrilhos frios, os espaços quase vazios, só eu e meus gatos. 

Aproveitei e fiz um monte de coisas: lavei o cabelo com xampu novo, passei um hidratante francês muito cheiroso que alguém deixou aqui, mas não penteei. Queria muito que o cabelo ficasse cacheado, em ondas, mas isso é querer demais. Ele é liso e pesado, aceita Beth que dói menos. Depois arrumei as minhas gavetas do armário, tirei as roupas do cabide e levei pra tomar um ventinho e perder o cheiro de mofo. Separei uma porção de sapatos que preciso passar adiante, e uma bolsa vermelha espalhafatosa que não faz mais parte da minha vida. Sobrou tanto espaço lá dentro que nunca imaginei...
Hesitei bastante, mas pintei de vermelho as unhas dos pés, ficou engraçado... Na hora da fome, comi bolinhos de arroz com molho de gergelim que fiz mais cedo e uma salada de cenoura com passas. Comi com as mãos, sem usar o talher. Quando eu era pequena fazia assim com a minha avó e adorava. 
Agora vou trocar a begônia rosa do vaso, que está muito apertado pra ela e catar cada uma das lagartas que estão na palmeirinha, que ódio de lagartas. 
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Inventário da minha gaveta da mesinha de cabeceira (a de cima):
cinco lápis de grafite novos, ainda sem ponta | uma caneta hidrocor de ponta fina roxa | um coração de prata filigranada com a inscrição ‘mi amor’ | um óculos de grau sem a haste direita | duas contas de luz pagas com atraso | o livro IChing com prefácio de Jung, envolto em tecido roxo com um laço de fita dourado | dois colares de contas, um azul com medalhinhas e um amarelo e branco | um vidro de cola polar pequeno | dois vidrinhos com óleo essencial: um de lavanda e outro de patchouli | um marcador de livro metalizado em forma de rosa | seis elásticos coloridos de amarrar cabelo | um creme contra picadas de insetos e alergias | uma latinha de tictac sabor laranja bem velho e quase derretido (que joguei no lixo) | uma maquina fotográfica pequena sem o cabo de carregar a bateria | um copinho de vidro roxo com vários colares prateados. 
A gaveta é um verdadeiro ninho de ratos... Vou jogando as coisas dentro durante um tempo, mas de repente precisa mesmo arrumar.
Tem mais duas gavetas na mesinha, carregadas de coisas, não faço ideia do que está escondido ali...

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Agora já é noite e vou me preparar pra dormir. Um banho morno, camisola limpinha, chá de boldo sem açucar, o meu preferido. Vou tentar começar a ler A Amiga Genial, que todo mundo tá incensando por aí. Baixei na internet, acho que isso também ajuda a não querer ler. Não sei porque peguei a maior implicância com esse livro...
Tomara que me empolgue depois de começar.
As vezes isso acontece comigo.
Bons sonhos, pessoas...


6 comentários:

Renata Lins disse...

Adoro chá de boldo tb.
(sem açúcar são todos :) não gosto de chá com açúcar).
e adorei o textinho de coisinhas.
beijo!

Bel disse...

Vou baixar A Amiga Genial. Não sei se sou mesmo uma boa amiga... mas juro que tento. Aos 51, quando me vejo tão rodeada de amor... devo ser. 😉
Beijo!!!

Bel disse...

Vou baixar A Amiga Genial. Não sei se sou mesmo uma boa amiga... mas juro que tento. Aos 51, quando me vejo tão rodeada de amor... devo ser. 😉
Beijo!!!

Isa disse...

Adorei o relato <3

Monix disse...

Adorei ver sua gaveta por dentro. :)

Monix disse...

Adorei ver sua gaveta por dentro. :)